DIOCESE DE SANTA LUZIA DE MOSSORÓ
PARÓQUIA DA BEM AVENTURADA IRMÃ LINDALVA E SÃO CRISTOVÃO DE ASSU
CELEBRAÇÃO EUCARISTICA
V SEMANA DA PÁSCOA
PRESIDENTE: PE. GERÔNIMO DANTAS
ASSU-RN, 31 de maio de 2011.
DIOCESE DE SANTA LUZIA DE MOSSORÓ
PARÓQUIA DA BEM AVENTURADA IRMÃ LINDALVA E SÃO CRISTOVÃO DE ASSU
CELEBRAÇÃO EUCARISTICA
V SEMANA DA PÁSCOA
PRESIDENTE: PE. GERÔNIMO DANTAS
ASSU-RN, 31 de maio de 2011.
Jesus despede-se dos Seus discípulos e inaugura uma missão especialíssima para mim e para você. Ele sobe para o Pai a fim de ser o mediador – junto ao Pai – e a fim de nos comunicar o Espírito Santo.
É a mediação futura, porque feita após a Sua ressurreição, através da nova condição que terá diante de Deus (Jo 14,16-17). O Espírito será, então, enviado pelo Pai em nome de Jesus (Jo 14,26). Logo, você e eu receberemos de Deus o Espírito Santo somente através de Cristo. Dada a necessidade salvífica deste gesto e sua relevância para a existência da Igreja, reafirma-se, novamente, a importância capital da mediação de Jesus nas relações do homem com Deus. Ninguém vai ao Pai senão por Ele.
Com a Sua subida para o Céu, Jesus nos faz ver as várias funções do Espírito Santo. Ele é o nosso Advogado ou Protetor e Mestre da Verdade (Jo 14,16-17.25-26). Na ausência de Cristo, o Espírito há de proteger e defender, em quaisquer circunstâncias, os discípulos de Jesus no mundo, guiando-os e dando-lhes segurança. Manterão viva a mensagem de Jesus, recordando-a e interpretando-a no tempo, de sorte que os discípulos penetrem o seu sentido. Além disso, o Espírito é Santo e santificador, consagrando os discípulos, ou seja, separando-os para serem semelhantes a Jesus, o consagrado por excelência.
A mediação de Jesus Ressuscitado, em ordem à vinda do Espírito, faz-nos viver a espiritualidade das Solenidades que se aproximam: Ascensão e Pentecostes. A temática serve, pois, de preparação para o encerramento do tempo pascal, revelando a relação existente entre a Páscoa e Pentecostes ou entre a ação do Ressuscitado, entronizado em sua glória, e a vinda do Espírito. Além disso, demonstra o modo do agir trinitário de Deus em ordem à Salvação dos homens. Deus enquanto Pai é criador, enquanto Filho é Salvador e enquanto Espírito Santo é Vivificador, Consolador, Fortalecedor, Advogado.
O Espírito prometido nos revela a presença de Jesus entre nós. É a presença na comunidade em que se vive o amor. Este amor é a união com Jesus e com o Pai. Quem assim ama reconhece a presença de Jesus. Amar Jesus é amar-nos uns aos outros.
É urgente crer em Deus e em Jesus, Caminho, Verdade e Vida. Quem ama passa a conhecer Jesus e quem o conhece conhecerá também o Pai, porque Ele o dá a conhecer a todos os que permanecem no Seu amor. Este amor é o dom do Espírito de amor e o dom da vida eterna na comunhão com Jesus e o Pai, no Espírito.
Pai, concede-me o dom do Vosso Espírito que – como luz – dissipa as dúvidas e as trevas do meu coração e me faça caminhar seguro pelos caminhos do Vosso Filho Jesus – que é o Caminho, a Verdade e a Vida – que me conduz a Vós.
Padre Bantu Mendonça
Meu irmão, minha irmã, a liturgia deste domingo convida-nos a refletir sobre as seguintes perguntas: Por onde quero passar? Aonde quero chegar? E onde pretendo ficar?
Estas três perguntas Jesus responde no Evangelho de hoje. Não se preocupe com o “como chegar”, o “lugar”, e o “modo como ficar” no lugar escolhido ou pretendido.
Escute o que o Senhor lhe diz: “Ninguém vai ao Pai sem passar por mim”. Portanto, o caminho por onde você passa – para chegar aonde quer – é Ele mesmo. É por Ele que você tem de passar. Ele é o Caminho. “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”. Cristo quer confirmar o meu e o seu lugar ao dizer: “Por onde você quer passar? Eu sou o Caminho. Aonde você quer chegar? Eu sou a Verdade. Onde você quer ficar? Eu sou a Vida”.
Da minha e sua parte cabe somente o caminhar – em plena segurança – por este caminho, que é Jesus. Saiba que quem anda na luz sabe onde coloca os pés. E quem anda nas trevas não sabe onde os põe. Fora do caminho, cuidado com as armadilhas, porque, dentro do caminho, o inimigo não ousa atacar – o Caminho é Cristo – mas fora do caminho ele monta as suas armadilhas.
O nosso caminho é Cristo na Sua humildade. O Cristo “Verdade e Vida” é o Cristo na Sua grandeza e divindade. Se você seguir o caminho da humildade, chegará ao Altíssimo. Se na sua fraqueza não desprezar a humildade, permanecerá cheio de força do Todo-poderoso.
Por que Cristo tomou o caminho da humildade? Foi por causa da minha e da sua fraqueza que estava ali, como obstáculo intransponível. Foi para nos libertar dela que tão grande Médico veio a nós! Não podíamos ir até Ele. Então, Ele veio até nós. Veio ensinar-nos a humildade, esse caminho de regresso, porque era o orgulho que nos impedia de retornar à vida que o pecado nos tinha feito perder.
Então, Jesus, tornando-se nosso caminho, grita-nos: “Entrai pela porta estreita!” (Mt 7,13).
O homem esforça-se por entrar, mas o “inchaço” do orgulho impede-o de entrar. Aceitemos o remédio da humildade. Bebamos desse medicamento amargo, porém, salutar.
O homem “inchado” de orgulho pergunta: “Como poderei entrar?” Cristo responde: “Eu sou o Caminho. Entra por mim. Eu sou a Porta (cf. Jo 10,7). Por que procurar noutro sítio?” Para que você não se perca, Jesus se fez tudo por você e diz: “Sê humilde, sê manso” (Mt 11,29).
Imitemos o Filho de Deus, que é o Caminho, não apenas pelos Seus exemplos e ensinamentos, mas também porque Ele se identifica com a Verdade e a Vida. Ele está no Pai e o Pai está n’Ele, fazendo-se um com Ele. Por isso, Cristo afirma que “quem me vê, vê o Pai”. De fato, Jesus é o único caminho para o Pai, suprema Verdade e Vida.
Padre Bantu Mendonça
Os desafios de uma sociedade que passa por mudanças é uma das maiores preocupações trazidas pelas mulheres ao buscarem a maternidade. Inseguranças, desejos, expectativas sobre os filhos, futuro: uma imensidão de pensamentos invade o imaginário das futuras mamães ou daquelas que fazem esse plano. Mas, vamos pensar juntos: será que existe um “modelo ideal de mãe”?
A missão de mãe da mulher inicia-se no momento da concepção, a partir disso, todos os ideais vão sendo construídos. Não existe a mãe ideal, mas sim a mãe possível e disponível; isso, sim, é importante! Muitas vezes, constrói-se o ideal da "mãe perfeita", da "mãe que não erra".
Mas o que seria positivo para a criação de um filho? Ter o equilíbrio para cuidar dele, para protegê-lo, para educá-lo, para apoiá-lo, para prover-lhe as necessidades físicas e materiais, mas, especialmente, para prover as necessidades de afeto. Dar o consolo necessário, estar disponível e disposta a olhar, a conversar, ser empática, ou seja, a entender ou a colocar-se no lugar dos filhos e do seu momento de vida são algumas das formas de construir a missão de ser mãe.
É claro que a vida não é estática nem oferece condições que fazem com que tudo esteja bem o tempo todo: para isso, é necessário que saibamos nos observar para não transferirmos as experiências negativas vividas em nossa formação para a formação de nosso filho. Como diz o título de um livro, é importante que cada mãe possa “falar para seu filho ouvir e ouvir para seu filho falar (do livro: Falar para seu filho ouvir e ouvir para seu filho falar de Adele Faber e Elaine Mazlish). Recusar os sinais que ele dá, não olhar nos olhos dele, desconfiar dele, não dar peso às coisas que ele fala, não o ajuda em nada. É importante que saibamos ensinar, mas que também saibamos confiar e dar autonomia e possibilidade para que nosso filho amadureça com pessoa.
Estar bem emocionalmente faz que que possamos contribuir para o crescimento e o desenvolvimento saudável de nossos filhos do ponto de vista psicológico. Faço aqui uma observação especial para as mães: cuide dos outros, mas também cuide de si. Viver em harmonia com sua dimensão espiritual, afetiva, social, biológica, é essencial para que você possa cuidar bem dos outros e consiga lidar com as alegrias, tristezas, conquistas e dificuldades próprias da vida. Lembre-se de que, em primeiro lugar, você é mulher, e com isso, toda a beleza do ser mulher virá com esses cuidados, que depois se farão extensão ao cuidado com o outro, com seu marido, com os filhos.
Mães aprendem a todo momento: desde o choro do bebê que identifica fome ou dor, aprendem também a ligação íntima e profunda que têm com seus filhos. Aprendem pela experiência do ser mãe e, sendo mães, reformulam, superam e vivem positivamente conflitos passados em sua vida. Há uma ligação tão profunda e poderosa existente entre mães e filhos que esta sobrevive para sempre em algum lugar muito além das palavras e é algo de uma beleza indescritível.
Você, mãe, trocaria essa beleza e o poder dessa ligação materna por alguma coisa?
Ser mãe é ser a todo tempo, a toda hora, sem limites. Os limites de uma mãe sempre serão testados, colocados à prova, mas o dom, o amor e a missão farão sempre com que esta supere tudo aquilo que seja lhe dado como prova, bem como a fará experimentar todas as alegrias que esta missão lhe concede!
Muito obrigada a você, mãe, por este e por todos os dias de sua missão!
Elaine Ribeiro
psicologia01@cancaonova.com
Fonte: Comunidade Canção Nova.