domingo, 26 de junho de 2011

Evangelho (Mateus 10,37-42)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, disse Jesus a seus apóstolos: 37“Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim, não é digno de mim. Quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim, não é digno de mim.
38Quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim.
39Quem procura conservar a sua vida, vai perdê-la. E quem perde a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la.
40Quem vos recebe, a mim recebe; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou.
41Quem recebe um profeta, por ser profeta, receberá a recompensa de profeta. E quem recebe um justo, por ser justo, receberá a recompensa de justo.
42Quem der, ainda que seja apenas um copo de água fresca, a um desses pequeninos, por ser meu discípulo, em verdade vos digo: não perderá a sua recompensa”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Siga os passos de Jesus Cristo!


Jesus quer dar a conhecer aos Seus discípulos a opção que devem fazer. Ele veio para estabelecer a possibilidade de as pessoas escolherem a Ele ou a outro.

De uma forma sentenciada, Jesus forja a personalidade dos verdadeiros discípulos, capazes de romper com os laços de sangue a fim de formar a verdadeira comunidade com Ele. Os laços familiares são importantes porque representam os vínculos mais fortes do amor entre pais, filhos e parentes, todavia, o amor a Jesus é muito mais do que isso. Ele vai além e por isso deve ser prioritário em relação àqueles. Neles se contempla de modo pleno o amor de Deus por nós e em nós.

Fazendo uma escolha por Jesus, fazemos nossos os projetos d’Ele. Assim sendo, nos tornamos dignos do Seu seguimento, pois Ele nos diz: “Quem ama o seu pai ou a sua mãe mais do que ama a mim não merece ser meu seguidor. Quem ama o seu filho ou a sua filha mais do que ama a mim não merece ser meu seguidor”. Portanto, é renunciando a tudo o que nos prende ao passado, ao corpo e à matéria – representados no pai, na mãe e nos filhos e bens- que nos tornamos verdadeiramente seguidores do Mestre.

A nossa relação com Deus não pode limitar-se a conveniências familiares. Acreditar em Deus, isto é, acolher o dom da fé – que Ele mesmo nos oferece gratuitamente – é assunto de coração, que não pode ficar pela fachada ou limitar-se a determinados momentos.

Deus nos ama por primeiro e o tempo todo. Não podemos amá-Lo diferentemente. Por isso, ao nosso culto deve corresponder uma vida coerente.

Toda a nossa vida há de tornar-se oferenda de amor ao Pai, em comunhão com o sacrifício de Cristo, motivado pelo amor e nele realizado. Mas o amor é algo muito concreto. Amar a Deus comporta amar o irmão, a irmã, amá-los no seu ser concreto, na situação em que se encontram. Fazer-lhes o bem pode traduzir-se em grandes gestos ou – mais provavelmente – em gestos cotidianos, que facilmente definimos como “pequenos” e a que nem sempre damos a devida atenção. São exatamente esses gestos, aparentemente banais, os que mais nos custam a fazer com amor, principalmente quando temos pela frente pessoas difíceis ou simplesmente desagradáveis. Mas passa por aí o nosso seguimento dos “passos de Cristo”, que não nos deixa faltar a Sua graça para os realizarmos com amor e fidelidade.

Padre Bantu Mendonça


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